Talvez seja uma pequena loucura colocar tudo isso em palavras agora. Daqui uns minutos desembarco em Portugal para procurar uma nova casa e começar um caminho diferente. Como essa cortina na minha frente, o desembarque esconde uma série de eventos por trás. Fico aqui imaginando, inspirado por diversas leituras de relatos de conterrâneos que também fizeram esse mesmo desembarque...
Meus réveillons sempre foram momentos de vazio, nos quais alguém faltava ou meu estado de espírito não acompanhava a alegria ao redor. Assim, essas ocasiões tornaram-se momentos de reflexão e introspecção, em vez de festa e celebração. Desde a adolescência, minhas caminhadas tornaram-se minha atividade preferida durante a semana do evento, afastando-me do planejamento da festa que, naquela época, parecia onipresente.